By Syllas Valadão 
No que se configura como mais um capítulo alarmante de abuso de autoridade no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o envio de um oficial de justiça para intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto este se encontrava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A denúncia foi feita por uma perita médica da justiça que explicou os protocolos padrão em casos de hospitalização. Segundo ela, em situações comuns, o bom senso e a própria legislação determinam que a intimação seja suspensa ou adiada até que o paciente tenha condições físicas e psicológicas adequadas para recebê-la. Ainda mais grave é o fato de que o hospital, em respeito às normas de saúde e à dignidade do paciente, não permitiu a entrada do oficial de justiça no quarto.
Mesmo diante dessa negativa médica, o STF insistiu na continuidade da ação, violando princípios básicos de humanidade e de respeito ao estado de saúde do cidadão. A profissional, visivelmente indignada, ressaltou que jamais presenciou tal desrespeito em anos de atuação.
O episódio revela não apenas uma perseguição política implacável, mas também uma preocupante tendência de banalização das garantias individuais e do devido processo legal, pilares de qualquer democracia séria.
Diante dos fatos, é impossível não questionar:
Que tipo de justiça se permite agir assim?
Até onde chegará o abuso de poder ?
A sociedade brasileira precisa refletir urgentemente sobre o papel e os limites das instituições que, paradoxalmente, deveriam ser as primeiras a defender os direitos fundamentais dos cidadãos.